ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM FOCO SAÚDE PÚBLICA MUNICIPAL: GESTÃO ALÉM DOS CONSULTÓRIOS

Publicado em 12/07/2025 00:07

Fernando Longhi Tobal
Advogado
Especialista em Direito Público

Quando pensamos em saúde pública, logo nos vêm à cabeça postos de saúde, médicos e medicamentos. Mas a gestão da saúde municipal vai muito além disso. Ela exige planejamento, organização e compromisso com a vida da população.
Constitucionalmente, os municípios são responsáveis por organizar os serviços de atenção básica à saúde – aquela que está mais próxima da comunidade, como consultas, vacinação, pré-natal, atendimento de doenças comuns e programas de prevenção. Essa rede é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e precisa funcionar bem para evitar sobrecarga nos hospitais.
Para garantir isso, é preciso mais do que boa vontade. A gestão municipal deve mapear a demanda da população, planejar as ações de saúde, aplicar corretamente os recursos repassados pela União e pelo Estado, e principalmente, monitorar os resultados.
Outro ponto essencial é a atenção ao profissional de saúde. Equipes bem formadas e valorizadas, com condições adequadas de trabalho, fazem toda a diferença no atendimento ao cidadão.
Além disso, saúde não se limita à doença. O município também deve atuar na promoção da saúde, com campanhas educativas, incentivo à atividade física, controle da água, do lixo, da vigilância sanitária e da saúde mental.
A boa gestão da saúde municipal depende de equilíbrio entre recursos, planejamento, controle e empatia. O cidadão não quer apenas ser atendido: ele quer ser cuidado com respeito e dignidade.
A saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Mas sua qualidade começa com boa gestão e compromisso local.

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