ANA BIM DECLARA NÃO ESTAR ENVOLVIDA COM A MÁFIA DO ASFALTO

Publicado em 25/02/2015 10:02

A prefeita de Fernandópolis, Ana Maria Matoso Bim, através de um comunicado feito por sua assessoria de imprensa, negou qualquer envolvimento com a Máfia do Asfalto.
De acordo com o comunicado divulgado ontem, 24, a prefeita Ana Bim não foi notificada de qualquer ação civil pública por improbidade administrativa para se manifestar sobre seus termos.
Ela ressalta, ainda, que não há de sua parte qualquer envolvimento com a citada máfia do asfalto.
A Máfia do Asfalto foi desmantelada em 2013, por promotores do Gaeco – Grupo de Combate ao Crime Organizado -, através da Operação Fratelli -, que desde 2008 investigavam suspeitas de favorecimento a empreiteiras nos processos de licitação de prefeituras do Noroeste Paulista.
Segundo as investigações, as transações eram feitas por meio das empresas do grupo Scamatti, de Votuporanga, e somente empresas ligadas ao grupo venciam as disputas licitatórias para recapeamento de asfalto em cidades da região.
O processo tem mais de 30 mil páginas e os números da investigação são impressionantes. Durante um ano e meio de trabalho, o Ministério Público denunciou quase 60 pessoas por envolvimento em um grande esquema de fraudes em licitações, que, segundo apurou o Gaeco, movimentou R$ 16 milhões.
Olívio Scamatti, apontado como chefe do grupo, chegou a ser preso em abril de 2013, junto com outras 12 pessoas que fariam parte do esquema.
Entre os crimes estão formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraudes em processos públicos. Atualmente, todos estão em liberdade, mas os patrimônios dos réus estão bloqueados.
A suspeita da promotoria é de que aproximadamente 640 processos tenham sido fraudados na região. Os empreiteiros negociavam propina com prefeitos, para que pudessem conquistar o direito de fazer obras de recapeamento. Escutas telefônicas comprovam que o sistema funcionava de forma organizada.
O dinheiro usado para pagar as obras vinha de emendas parlamentares, verbas que deputados estaduais e federais recebem para distribuir entre os municípios.

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