APESAR DA QUEDA, CHEQUE AINDA TEM ADEPTOS
O uso de cheque como forma de pagamento está cada vez menor no Brasil. A forma de pagamento, que já foi popular, vem apresentando uma queda considerável e a redução chega a 95% desde 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques.
Em 2023 não foi diferente: foram compensados 168,7 milhões de documentos no ano, o que representa um recuo de 16,8% em relação a 2022. As estatísticas têm como base o Serviço de Compensação de Cheques (Compe).
Embora haja diminuição no volume de transações, o valor médio dos cheques compensados aumentou. Em 2022 subiu de R$ 3.257,88 para R$ 3.617,60 e o cheque continua sendo a escolha dos brasileiros para as transações com valores maiores.
CURIOSIDADE
A equipe do J.J. foi conhecer Antonio e Mariana, casados há 45 anos. Ele é aposentado como subtenente do Corpo de Bombeiros e ela, também aposentada, começou na Administração do Fórum, mas preferiu escolher não investir em curso de tecnologia, pois estavam informatizando todo o Fórum. Então mudou de setor e trabalhava como auxiliar judiciário 6. D. Mariana lembrou que escrevia de 14 a 15 folhas a próprio punho em livros grandes que tinham que ser registrados.
Sr. Antonio, de 66 anos, tem conta desde 1977 e não trabalha com cheque, apenas um cartão de débito, sem nenhum aplicativo de banco. Já d. Mariana, de 67 anos, também tem um cartão, mas para pagamentos, especialmente com um valor maior, prefere utilizar o cheque, que registra na folha “cliente bancário desde 1999”, ou seja, correntista há 25 anos nessa instituição.
D. Mariana afirmou: “eu amo um chequinho e uso para a maioria das coisas, e sempre que precisamos fazer alguma coisa vamos direto com o gerente da conta, que nos atende muito bem, inclusive sabe o nosso nome. E isso é uma escolha, nós poderíamos usar o caixa eletrônico, aderir ao cartão de crédito ou aplicativo, mas é nossa escolha ter apenas o cheque e trabalhar dessa forma. Administramos tudo certinho, anotado na ponta do lápis. Temos sempre o dinheiro em espécie para comprar nossas coisas e o cheque para as maiores, que é aceito em todos os lugares que vamos”, afirmou. Jornal de Jales.