AVÓ PODERÁ REVER NETAS NO VELÓRIO DAS FILHAS, MAS SEM SE APROXIMAR

Publicado em 26/01/2016 21:01

O primeiro reencontro de Maria Aparecida Amarilha Scardin com as netas de cinco e três anos, após a morte das filhas Kimberly Akemi Maruyama e Michelle Maruyama, será durante a cremação dos corpos das vítimas, no Japão. O velório, seguido da cremação, está marcado para o próximo domingo (31), e a avó só poderá ver as duas netas de longe, porque a Justiça do país proíbe a aproximação até que o processo de guarda seja finalizado.
“Não vai poder abraçar, não vai poder chegar perto. Agora você imagine como vai ser isso para uma mãe e avó, que está cremando duas filhas, e não vê as netas há anos”, diz Maria Valentina Ricarte, amiga de Maria Aparecida.
Desde que a mãe e a tia morreram e o pai foi preso suspeito de ter cometido o crime, as duas crianças estão em um abrigo, sem poder ter contato com nenhum familiar. Segundo a amiga, Maria tem ido todos os dias à embaixada brasileira no Japão, na esperança de encontrar um jeito de ver as netas de perto, mas até agora não conseguiu nada. “Eu acho que o Itamaraty deveria tomar providências, porque ela tem voltar com essas crianças ou não vai aguentar tanto sofrimento”, acredita.
Maria Aparecida está no Japão desde o dia 10 de janeiro. De lá para cá, a mulher tem se comunicado com amigos pelo telefone e pelas redes sociais. No último domingo (24), a mãe fez um post de agradecimento a todos que tem a ajudado.
“Venho aqui humildemente agradecer o carinho e a solidariedade que venho recebendo de todos ao longo desses dias tão sofridos. Esse afeto recebido me foi um alento…Deu-me a certeza da existência de um Deus Amantíssimo que tocou no coração de cada um, mostrando pra mim o que existe de mais belo no Ser Humano…a sua capacidade de amar ao seu próximo…”, escreveu.
Os amigos não sabem até quando Maria ficará no país oriental. O Campo Grande News tentou falar com ela por telefone, mas até o fechamento desta reportagem não foi possível contatá-la.

cassilandianoticias.com.br

 

O caso, segundo o site campograndenews.com.br

Duas brasileiras, uma delas natural de Campo Grande, foram encontradas mortas no apartamento número 303 do conjunto habitacional Nishikamezaki, no distrito Ippongi-choum, na cidade de Handa, no Japão.
Segundo o site brasileiro de notícias do Japão IPC Digital, as irmãs Akemi e Michelle Maruyama, de 27 e 29 anos, foram mortas no dia 29 de dezembro por asfixia devido a estrangulamento.
Sites locais não confirmam a morte de Michelle, mas, segundo a mãe, a segunda vítima encontrada no apartamento é sua filha mais velha.
Crime – Os corpos foram encontrados depois que bombeiros foram acionados para conter um incêndio no apartamento onde elas estavam.
Akemi vivia no local com os duas filhas dela, uma de três e outra de cinco anos, que estão sob proteção da polícia.
Irmãs foram mortas no dia 29 de dezembro por asfixia devido a estrangulamento.
Segundo a mãe, Michelle foi morta com a irmã, Akemi.
A polícia acredita que o incêndio foi causado por gasolina, espalhada propositalmente no local após as duas mulheres serem mortas. Um galão de 5 litros de gasolina foi encontrado sobre a pia da cozinha.
A mãe das vítimas, Maria Maruyama, que mora em Campo Grande, quer trazer as filhas para serem enterradas em Campo Grande e, também, as netas, para que morem com ela.
Redes sociais – No Facebook, a família lançou uma campanha de arrecadação de fundos para que a viagem seja feita. Ela também usou as redes sociais para falar sobre a tragédia.
“Deus, permita que eu tenha forças para continuar essa jornada, preciso de toda ajuda possível para que eu possa trazer minhas netas. Eu as amo muito! Que o Senhor possa colocar no meu caminho pessoas de bom coração!”, disse em sua página na internet.
Ainda de acordo com o site IPC Digital, o namorado de Akemi, que não teve a nacionalidade divulgada, foi preso no sábado (2) na cidade de Nagoya.
Ele foi flagrado ao dirigir o carro da companheira sem a habilitação na noite em que ela e a irmã foram encontradas mortas.
Segundo o site, informações da polícia apontam que, antes do incêndio, um homem semelhante a ele foi visto saindo do estacionamento do apartamento, usando o carro da brasileira.

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