EMPRESÁRIO DE ANDRADINA É ACUSADO DE FRAUDE EM FUNDO DE PENSÃO

Publicado em 9/03/2017 16:03

O empresário Mário Celso Lopes, de Andradina, foi preso ontem, dia 8, em uma operação da Polícia Federal. Essa é a segunda fase da operação Greenfield, que investiga irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país. A operação está sendo feita em cinco estados. A prisão, no entanto, durou pouco mais de 9 horas, após os advogados de defesa impetrar um habeas corpus.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, Mário Celso é suspeito de fechar um contrato de R$ 190 milhões para mascarar o suborno a um empresário. O objetivo era impedir que esse empresário revelasse informações de interesse em uma investigação da polícia.
A polícia quer recolher provas de que os envolvidos cometeram fraudes em fundos de pensão que realizaram investimentos no Fundo de Investimentos em Participação (FIP) Florestal. O FIP teria recebido um aporte de cerca de R$ 550 milhões dos fundos de pensão Petros e Funcef.
A Procuradoria destacou que as investigações revelaram que Mário Celso Lopes participou da constituição da Florestal S/A (atual FIP Florestal). Na época, o empresário era o principal sócio da MCL Empreendimentos e Negócios LTDA, que se aliou ao Grupo J&F Investimentos para a formação da companhia. Posteriormente, entre os anos de 2009 e 2010, a companhia recebeu os aportes financeiros de Petros e Funcef.
O MPF estima que, corrigido, o prejuízo causado aos fundos de pensão chegue a R$ 1,7 bilhão. Para garantir o ressarcimento do prejuízo aos fundos, o MPF pediu o bloqueio dos bens de Lopes, de seu filho, da Eucalipto Brasil e de outras empresas ligadas aos investigados.
Para os investigadores, o FIP Florestal obteve investimentos ilicitamente. Além disso, os ativos do FIP foram superavaliados de forma a majorar a participação do fundo criado por Lopes em detrimento da participação do Petros e do Funcef. Ou seja, segundo o MPF, mesmo tendo investido R$ 275 milhões e assumido grandes riscos, Funcef e Petros não obtiveram o controle da FIP Florestal.
O Ministério Público relatou à Justiça a descoberta de movimentações recentes, como a assinatura de contrato cujo objetivo seria dificultar as investigações. As medidas judiciais foram autorizadas pela 10ª Vara Federal, em Brasília, e estão sendo cumpridas nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O Ministério Público Federal pediu o bloqueio dos bens, ativos, contas bancárias e investimentos pertencentes a MCL Empreendimentos e Negócios, MCL Participações, Mário Celso Lincoln Lopes, Mário Celso Lopes e Eucalipto Brasil S.A.
As medidas judiciais cumpridas foram autorizadas pelo juiz Vallisney de Souza, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, e estão sendo cumpridas nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Fonte: G1, RegionalPress e Paparazzi News.

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