EXAMES VÃO DECIDIR DESTINO DE MOTORISTA QUE PROVOCOU GRAVE ACIDENTE

Publicado em 20/07/2014 09:07

O grave acidente que matou três da mesma família, e deixou outras seis pessoas feridas, no dia 6, na Rodovia Jarbas de Moraes, próximo a Jales, continua sendo investigado, entretanto, ainda não foi instaurado um inquérito.
Segundo informações, o delegado responsável, Sebastião Biazi, declarou que aguarda o resultado de um exame de sangue para decidir qual será a forma de indiciamento do motorista que causou o grave acidente.
A batida envolveu três carros e matou Francisca Claudete Pondian, de 52 anos, sua mãe Ana Pondian, de 72 anos, e Gilson Camilo, de 42 anos, da mesma família. Outras seis pessoas ficaram feridas.
“Dentro de 30 a 40 dias após o exame de sangue, eu vou decidir se instauro um inquérito por homicídio culposo ou se instauro também no artigo 306 do Código Penal, que é embriaguez ao volante, no qual o motorista assumiu a intenção de matar. Quem me dará a resposta é o exame de sangue”, disse o delegado.
Segundo o policial, o motorista do veículo que colidiu frontalmente com o carro da família, foi submetido ao teste do etilômetro, que constatou que ele havia ingerido bebida alcoólica antes de dirigir e provocar o acidente; entretanto, a quantidade não foi suficiente para que ele fosse preso em flagrante.
“Estivemos na Santa Casa e, apesar de uma fratura exposta no joelho esquerdo, ele estava consciente e conversou conosco. Ele disse que teria tentado desviar de uma motocicleta que estava na sua frente. Primeiro ele consentiu na coleta de material sanguíneo e depois passou por exame etilômetro, que registrou 0,16 gramas de álcool por litro de sangue. Até esse nível, o motorista não é enquadrado na Lei Penal. Ele ingeriu bebida alcoólica, mas não está alcoolizado”.
O delegado ressaltou que o exame de sangue, que pode demorar até 30 dias, é que vai definir a quantidade de álcool que o motorista tinha ingerido. “O exame mais técnico que eu tinha no momento era o bafômetro. Os policiais rodoviários fizeram esse exame e o resultado foi 0,16 gramas por litro de sangue. O exame de sangue é diferente, mais preciso”, lembrou.
Biazi explicou que com níveis de álcool abaixo de 0,33, (como no acidente em Santa Albertina) o motorista que for flagrado pela polícia dirigindo sofre apenas as sanções previstas na Infração Administrativa e nem é levado ao Plantão Policial. “Ele é multado, a CNH é recolhida por cinco dias, mas para ele ser preso e punido penalmente com reclusão de um a três anos, precisa estar com níveis acima de 0,33 gramas de álcool por litro de sangue”. A Tribuna

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