HOJE, PONTE RODOFERROVIÁRIA COMPLETA 26 ANOS

Publicado em 29/05/2024 09:05

Em um dia chuvoso e histórico, 29 de maio de 1998, um sonho virava realidade, transformando o que parecia fim de linha em portal de entrada para a circulação de riquezas nacionais.
Com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, era inaugurada a Ponte Rodoferroviária sobre o rio Paraná, com seus 25 pilares de concreto, sustentados por 198 tubulões cravados quatro metros em rocha, com concretagem submersa.


Depois de 28 anos de muita luta e perseverança, testemunhávamos a transição da era das balsas para o vaivém de veículos e enormes trens de carga fazendo pulsar a força do agronegócio. Estavam criadas as condições para, desde então, agilizar o escoamento da produção do Brasil central e fomentar o desenvolvimento do país, ligando os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.


Ninguém faz nada sozinho, e com a ponte não foi diferente. Entre os baluartes do sonho realizado, destacam-se a abnegação do deputado federal Roberto Rollemberg e do deputado matogrossense Vicente Vuolo. Eles dão nome à ponte, Rollemberg à travessia rodoviária e Vuolo à ferroviária.


O projeto ganhou impulso em abril de 1988 com a visita do presidente José Sarney a Jales, numa festa política com a presença de oito ministros, três governadores, dezenas de deputados estaduais e federais e 150 prefeitos. O sonho da ponte subiu de patamar com a entrada em cena do empresário Olacyr Moraes, o “rei da soja”, e seu projeto de construção da Ferronorte.
Aos poucos se multiplicavam os pilares, numa parceria de investimentos entre São Paulo e o Governo Federal. No início de 1992, o canteiro de obras tinha 720 funcionários, subindo para 1.500 em abril.
Foi uma obra de engenharia multimodal, após investimentos de R$ 550 milhões. É ponte mista que serve para travessia de pedestres, ciclistas, motocicletas, automóveis e composições ferroviárias. Liga os estados brasileiros de Mato Grosso do Sul e São Paulo no traçado da rodovia federal BR-436, transpondo o rio Paraná e unindo a cidade sulmatogrossense de Aparecida do Taboado à cidade paulista de Rubineia.
Três modais de transporte foram criados pela ponte: na parte superior, circulam veículos rodoviários; na parte inferior, os trens de carga; e, debaixo dela, as barcaças que percorrem a hidrovia com carregamento de cargas.
A rápida travessia rodoviária da ponte, de menos de cinco minutos, substituiu as pesadas balsas, que podiam levar até uma hora e meia de percurso, quando o clima permitia.
Sua construção possibilitou a conclusão da Ferrovia Ferronorte, que liga a malha ferroviária do estado de São Paulo à cidade de Alto Taquari, no estado de Mato Grosso, permitindo o escoamento da produção de grãos de parte do Centro-Oeste brasileiro.
Sua extensão total é de 3.700 metros, sendo, portanto, a maior ponte fluvial brasileira. Com informações do Jornal de Jales.

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