IMPOSTOS CHEGAM A QUASE 50% DOS PREÇOS DO MATERIAL ESCOLAR EM 2016

Publicado em 6/01/2016 09:01

IMPOSTOSOs itens mais comuns da lista do material escolar este ano são também os mais tarifados pela carga tributária, mostra um levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) divulgado nesta terça-feira (5). O produto com mais encargos é a caneta, com carga tributária de 47,49%.
O levantamento considera todos os impostos municipais, estaduais e federais que incidem sobre cada produto exigido pelas escolas no retorno às aulas.
Agendas, apontadores e borrachas, que também estão entre os itens mais básicos, têm até 43,19% de encargos, de acordo com a entidade. A régua, outro produto obrigatório na volta às aulas, é tributada em 44,65%.
Outros itens essenciais também têm carga tributária expressiva, diz o IBPT. O consumidor que comprar um tubo de cola vai desembolsar 42,71% para os cofres públicos, enquanto um estojo terá 40,33% de seu preço em impostos; Uma lancheira, por sua vez, será tributada em 39,74% de seu valor; um fichário, em 39,38%; o papel sulfite, em 37,77%.

Livros didáticos

Apesar de possuírem imunidade de impostos, diz o IBPT, os livros didáticos têm a incidência de encargos sobre a folha de pagamento e o sobre o lucro da sua venda, fazendo com que tenham uma carga tributária de 15,52% sobre seu preço.
Para se ter uma ideia de quanto pagamos de impostos, listamos abaixo alguns produtos do dia-a-dia e seus valores tributários:
Açúcar, 30,60%; agenda escolar, 43%19; água, 37,88%; água sanitária, 37,05%; álcool para limpeza, 32,77%; álcool combustível, 25,86%; amaciante, 34%30; aparelho de barbear, 40,78%; aparelho de som, ar condicionado para residência, 48,22%; bateria para veículos, 49,59%; bicicleta, 45,93%, borracha escolar, 36,17%; brinquedos, 39,70%; cachaça, 81,87%; caderno universitário, 34,99%; câmera fotográfica, 44,75%; cerveja (lata), 55,60%; cerveja garrafa, 55,60%; chuveiro elétrico, 48,23%, cigarro, 80,42%; conta de luz, 48,28%; conta de telefone, 48,28%; detergente, 30,37%; diesel, 42,23%; ferro de passar, 45,25%; gás de cozinha, 34,04%, gasolina, 56,09%; lâmpada, 44,54%; lápis, 34,99%; liquidificador, 43,54%; livro escolar, 15,52%, maquiagem (produtos nacionais), 51,41%; maquiagem (produtos internacionais), 69,53%; pasta de dente, 31,37%; pen drive, 43,30%; perfume nacional, 69,13%; perfume importado, 78,99%; pneu, 35,72%, prato, 34,30%; ração para cão e gato, 41,26; refrigerante lata, 46,77%, refrigerante garrafa, 44,55%; sabão em barra, 30,37%; sabão em pó, 40,80%; serviço de TV por assinatura, 46,12%; telefone celular, 33,08%; TV, 44,99%, vela, 40,90%.
Diferença entre imposto, tributo, taxa e contribuição
Embora possam parecer sinônimos, não são.
Todo imposto é um tributo, mas nem todo tributo é um imposto. Os tributos englobam também taxas e contribuições.
Na prática, no entanto, todo tributo é imposto ao cidadão. Ou seja, é uma arrecadação obrigatória e impositiva, ainda que sejamos todos chamados de contribuintes.
Resumindo: taxa, imposto e contribuição são todos tributos, porém cada um, diferente em sua essência.
No ano passado, de todo o rendimento que os brasileiros ganharam, em média, 41,37% foi destinado para pagar impostos.

 
g1.globo.com

 

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