JURISTAS ENTREGAM NOVA VERSÃO DO PEDIDO DE IMPEACHMENT
A filha do advogado Hélio Bicudo, Maria Lúcia Bicudo, e o jurista Miguel Reale Júnior, entregaram essa semana à Câmara dos Deputados uma nova versão do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que havia sido protocolado no início deste mês.
O pedido inicial havia sido feito por Hélio Bicudo, no entanto, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o devolveu e concedeu dez dias para que se fizesse “adequações”.
Neste período, Reale Júnior, que já havia construído um parecer para a oposição no primeiro semestre, aderiu à proposta com o objetivo de reforçar o argumento de que a presidente cometeu crime de responsabilidade. Ao entregar os complementos à Cunha, ele defendeu o impeachment e disse que o País vive hoje a “ditadura da propina”.
“A ditadura da propina é aquela que corrói a democracia por dentro, que elimina a independência e a honradez desta Casa, através da compra de partidos políticos e apoio de deputados”, disse o jurista, que citou escândalos como o mensalão do PT e as denúncias investigadas na Petrobras.
Agora, cabe a Cunha decidir se acatará o pedido de impeachment e se o colocará em tramitação. Ele não deu previsão de prazo para tomar sua decisão, no entanto, informou que antes de responder à demanda pretende apresentar sua resposta à questão de ordem formulada na última terça-feira, 15, por parlamentares da oposição. Cunha pediu um parecer técnico de sua equipe até segunda-feira, 21.
Os deputados de oposição questionaram o presidente para saber quem teria poder de contestar uma decisão sobre a tramitação do pedido, por parte de Cunha, já que a Constituição Federal garante essa competência exclusivamente ao presidente da Câmara. Ultimo Segundo IG