LADRÃO É CONDENADO A 146 ANOS DE CADEIA EM FERNANDÓPOLIS
A Justiça condenou Ademir Cândido da Silva, de Fernandópolis, a 146 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de roubo. No início deste ano ele protagonizou 16 assaltos na cidade, a maioria contra lojas e clínicas médicas.
É uma das maiores condenações por esse crime na região. No total, foram 20 vítimas. Na primeira ocorrência, Ademir, usando uma máscara cirúrgica para esconder parte do rosto e armado com revólver, invadiu uma clínica de ultrassonografia, rendeu a secretária e levou mais de R$ 2 mil do caixa. Em outras ocorrências, usava capacete, capuz ou boné e óculos escuros. Chegou a roubar três estabelecimentos em um único dia. Em uma residência, fez uma família inteira refém e levou várias joias.
No último assalto, dia 19 de março, Ademir e a mulher acabaram presos em flagrante pela Polícia Civil. Os investigadores da DIG – Delegacia de Investigações Gerais -, encontraram dois dos celulares roubados com as filhas dela. Na casa de Ademir, em Fernandópolis, apreenderam o revólver, a máscara e o par dos óculos escuros.
Posteriormente, ele foi reconhecido pela maior parte das vítimas como o autor dos assaltos.
Histórico de crimes
Ademir tinha passagens anteriores pela polícia, por tráfico, furto e porte ilegal de arma. Seu advogado, Fábio Roberto Sgotti, defendia a tese do crime continuado, em que Ademir seria penalizado por apenas um dos roubos, com o agravante de ter continuado a prática delitiva. Mas o juiz rejeitou a tese, e condenou o réu por cada roubo a penas entre 8 e 14 anos de reclusão. Daí a pena alta. Sgotti já impetrou recurso no TJ contra a decisão. “A pena foi exagerada. Por isso o recurso, para que o Tribunal reveja essa sentença”, disse.
A mulher dele, também denunciada à Justiça por roubo, foi absolvida por falta de provas, a pedido do Ministério Público. Ademir está detido no Centro de Detenção Provisória de Riolândia, e, com a sentença, será transferido para uma penitenciária do Estado. Diário da Região