MULHER MORRE AO LEVAR CHOQUE EM IGREJA

Publicado em 3/09/2016 22:09

Uma mulher de 27 anos morreu depois de levar um choque na igreja Pentecostal Profetas da Última Hora, do bairro Cidade Jardim, em Catanduva. Gabriela Edwiges Vilas de Almeida cantava no coral e teria levado a descarga elétrica do microfone que segurava. O incidente aconteceu na noite de sexta-feira, dia 2.
Segundo informações da polícia, a jovem parou de cantar após sentir um choque elétrico. Ela contou o que houve ao marido, o pastor Ericson Aparecido Pires de Almeida, que decidiu enrolar um guardanapo em volta do microfone para evitar que ocorresse novamente.
Em seguida, Gabriela voltou a cantar. No momento do culto em que todos se ajoelham para fazer oração, Gabriela escorou em uma cadeira para também se ajoelhar e rezar. Neste momento, ela teria recebido a segunda descarga elétrica.
Ainda de acordo com informações da polícia, o marido teria dito que a impressão é que ela estaria tendo uma crise convulsiva. Ao perceber que a mulher estava sem os sinais vitais, Almeida começou a fazer massagem de ressuscitação. Gabriela voltou a respirar e foi levada pelo Samu ao hospital São Domingos, mas não resistiu e morreu no hospital.
No atestado de óbito consta que os motivos da morte foram parada cardíaca e eletroplessão (morte causada por descarga elétrica). Na descrição, o médico de plantão escreveu que a morte ocorreu “após choque elétrico com microfone”.
Gabriela era mãe de duas meninas. O corpo foi velado em Catanduva e o enterro ocorreu na tarde deste sábado, dia 3, no cemitério de Itajobi.
A Polícia Científica foi à igreja e emitirá laudo à Polícia Civil, que investiga o caso. O responsável pela igreja não foi localizado para falar sobre o assunto.
Segundo uma cunhada da vítima, que não quis ser identificada, Gabriela não teria levado choque. “Ela iria louvar ao Senhor, mas estava com a pressão baixa e passou mal. Foi uma fatalidade. A igreja não tem culpa nenhuma nisso”, afirmou, completando que não houve choque enquanto ela cantava.
Contudo, o atestado de óbito dá como motivo da morte a descarga elétrica.
Curto-circuito
Para o eletricista de Rio Preto Antônio Roberto de Oliveira, o mais provável é que tenha ocorrido curto-circuito em algum dos itens da mesa de som e a descarga elétrica atingiu Gabriela.
“São vários componentes interligados à mesa, como o microfone, as caixas de som, equalizador e potenciômetro. Qualquer um deles pode ter entrado em curto e lançado a descarga para as mãos da vítima”, disse.
Ele também não descarta um possível mau isolamento do palco, que pode ter lançado a energia no corpo de Gabriela, quando ela se ajoelhou.

diariodaregião.com.br

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