POLÍCIA INVESTIGA SUPOSTAS AGRESSÕES A CRIANÇAS EM CRECHE NA REGIÃO
A pedido do Ministério Público, a polícia está investigando suspeitas de agressões contra crianças na única creche de Santa Albertina. A promotoria percebeu que quem cuida das crianças são faxineiros, auxiliares de serviço geral, pessoas que não foram contratadas para função. As crianças suspeitas de serem agredidas têm entre um ano e meio e 5 anos e teriam sido maltratadas por uma funcionária na creche municipal.
As mães procuraram o Ministério Público de Jales, que já acompanha a situação da creche desde o ano passado. O promotor Horival Marques de Freitas Júnior diz que a preocupação inicial era com a lotação do lugar e que as novas suspeitas devem ser apuradas por um inquérito policial, que já está aberto. “Ao final da investigação, o inquérito policial vem para o fórum, que vai apurar se houve indícios de maus-tratos para eventual responsabilização criminal dos envolvidos”, afirma o promotor.
O promotor ainda quer saber se as funcionárias que cuidam das crianças são capacitadas para o trabalho. “Percebemos que há funcionários auxiliares de limpeza que estão deslocados para a creche há 20 anos e sem que tenham curso de capacitação ou concurso público para preencher as vagas com pessoas capacitadas”, afirma.
O prefeito Vanderci Novelli, de Santa Albertina, diz que vai abrir uma sindicância para investigar as suspeitas de agressão. “Se realmente teve alguma coisa de anormal na creche, agora com o inquérito que está tramitando, será apurado e os culpados serão punidos”, afirma. O prefeito falou também que está tentando resolver a história dos desvios de funções na creche. Ele negou que tenha tirado da creche a servidora que fez a denúncia por causa do que ela disse, que apenas devolveu a funcionária para função que foi contratada.
A autônoma Rosana Braguini tem um menino de 2 anos. Ela conta que tirou o filho da creche depois de suspeitar dos maus-tratos. “Ele mudou o comportamento em casa e depois disso não quis ir mais para a creche”, afirma Rosana.
A professora Mônica Castro também tirou a filha de 3 anos da unidade, depois que a menina contou que apanhou de uma funcionária. “Deixei mais uma semana na creche e foi pressionada, intimidada e fui obrigada a tirar ela da creche”, afirma.
A funcionária pública Elisângela Maria da Silva está nervosa com a situação. Ela trabalhava na creche como auxiliar de cozinha e diz que viu quando a filha de 1 ano e meio, que fica na creche, foi agredida. Ela diz que depois de denunciar o caso, foi trocada de setor. “A gente discutiu, falei que poderia ter a colocado de castigo, mas não bater. O prefeito me chamou e me tirou da creche e que a partir de então era para eu aguardar no almoxarifado que iriam me designar para outro lugar”, diz.
Quatro mães e uma ex-funcionária da creche procuraram o Conselho Tutelar da cidade para denunciar as supostas agressões. Um menino de 5 anos, que teria levado um tapa, foi ouvido pelos conselheiros. O depoimento da criança também será anexado à investigação. Tv tem