PRESAS AGRIDEM E CORTAM CABELO DE MÃE QUE ENVENENOU BEBÊ
Presa ao tentar matar a filha de 1 ano e 8 meses ao colocar veneno em mamadeira para chamar atenção do companheiro, Daniela Albertino Santos foi agredida por internas do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, sul do estado, onde está custodiada.
De acordo o diretor da unidade prisional, Osiris Moreira Cardoso, as presas cortaram o cabelo de Daniela, mas ela não sofreu nenhuma lesão grave.
Depois da agressão, a interna foi custodiada em cela separada das demais internas. O diretor informou que ela recebeu atendimento médico e passa bem. Um procedimento foi instaurado para responsabilizar as autoras da agressão, que ocorreu na terça-feira (4). A presa também recebe atendimento psicológico e assistência social na unidade.
Segundo o Hospital Regional de Eunápolis, onde a criança foi internada, ela já foi liberada. O diretor do presídio divulgou que o bebê está na casa de uma tia. Não há informações se o pai da criança já prestou depoimento sobre o caso.
Confissão
A mulher confessou que envenenou a filha após se desentender com o companheiro. “Eu coloquei na água para eu beber, só que aí falaram que se eu bebesse primeiro eu iria morrer e ela não. Eu fui e coloquei só um pouco, só que na hora que ela começou a beber eu tomei e liguei para a polícia para falar. Depois eu coloquei ela no táxi e levei para o hospital”, disse Daniela Albertina Santos.
O caso ocorreu na cidade de Eunápolis, no extremo sul da Bahia. No domingo (2), a mulher deu água com chumbinho para o bebê. Daniela Albertina contou que se arrependeu logo depois do que fez, e procurou a polícia. De acordo com a mãe da criança, ela teria cometido o crime após se desentender com o marido. “Porque o pai dela não queria mais ficar com a gente. Eu me arrependi. Por isso que eu me entreguei e levei ela para o hospital.
Daniela foi presa em flagrante, na segunda-feira (3), no Hospital Regional de Eunápolis. A polícia ainda investiga quem vendeu o chumbinho para ela e quem passou orientações sobre como o veneno deveria ser usado. Segundo a Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), ela vai ser indiciada por tentativa de homicídio.
“O homicídio tem a pena de 12 a 30 anos. Na forma tentada, vai ter a redução de 1/3 a 2/3 [da pena]”, disse Valéria Fonseca Chaves, coordenadora da 23º Coorpin da cidade. O pai da criança não foi localizado. G1