Tópicos da Semana – Edição de 22/08/15.
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)
Pouco panelaço
Em Santa Fé, no último domingo, diferentemente do esperado, segundo os organizadores do Movimento Brasil Livre, o número de manifestantes foi inexpressivo, ou seja, cerca de 40 pessoas. Porém, isso não significa que nossa presidenta esteja “tão bem na fita”, até porque em outras cidades milhares de pessoas estiveram nas ruas pedindo o fim da corrupção, o impeachment de Dilma, dentre outras reivindicações.
Minguou
A última manifestação de protesto contra o Governo Federal incluiu, em todo o território nacional, como nas demais, palavras de ordem, tais como “intervenção militar já”; que, aliás, não seria nada bom, pois somente quem viveu a época da ditadura militar sente o gosto amargo daquela época. Isso merece repulsa de todos e ainda incluíram o impeachment contra a presidenta Dilma, como se o problema do País fosse tão somente ela.
Fracassou
Por exemplo, em Belo Horizonte, com a presença de Aécio Neves, foi computado somente 6 mil manifestantes. Em São Paulo, cerca de 350 mil pessoas, contra 1 milhão de manifestantes no primeiro evento.
Guerra no Facebook
Na internet, a guerra foi declarada. Os petistas diziam que o movimento da Parada Gay tinha mais pessoas do que o movimento pelo impeachment, e olha que nas paradas gays de todo mundo pelo menos 30% dos presentes são pessoas que comparecem para, simplesmente, festejar, sem ao menos saber o real motivo da “festa”.
O outro lado
Alguns aliados do PSDB chegaram a brincar que o movimento do domingo passado podia ser comparado a um daqueles comícios chinfrins que aconteciam em Santa Fé nas décadas de 50, 60, quando a cidade era ainda praticamente uma vila, e, como tal, possuía poucos moradores e eleitores.
Dilma e suas 19 limousines
No início de julho deste ano, ocasião em que esteve em São Francisco, no Estado da Califórnia, EUA, a presidente Dilma Rousseff, juntamente com sua comitiva presidencial, alugou 19 limousines, dois ônibus, três vans e um caminhão – isso para oferecer os serviços de transporte da presidente da República e pelo menos 70 pessoas, dentre elas agentes federais –. O caminhão foi usado somente para o transporte de bagagens.
Calote
Acontece que o brasileiro Eduardo Marciano, dono da NS Highfly Limousine, empresa de aluguel de veículos que alugou os veículos luxuosos para a trupe tupiniquim ficou “a ver navios”, não recebendo pelos serviços que prestou, em outras palavras, levou um calote dos bravos no valor de 100 mil dólares.
Cansou
Após ter se cansado de receber sempre a mesma resposta do consulado brasileiro, que dizia que o País estava passando por uma crise financeira do setor público, Eduardo botou a boca no trombone nas redes sociais afirmando que “alugou e não recebeu”, até porque, para ele, “não é possível a gente trabalhar de uma maneira sem saber a data em que vai receber”.
E veio rapidinho
Quatro dias após a publicação na internet e aproximadamente dois meses depois de ter prestado os serviços, o empresário enfim recebeu (nesta segunda-feira, dia 17) o dinheiro referente ao aluguel dos carros, ou seja, recorreu a rede mundial de computadores para honrar com seus compromissos com os motoristas.
Sem mea culpa
O que eles todo tempo vinham me falando é que estavam com problemas de outro órgão público que tem que repassar o dinheiro para o Itamaraty. Este órgão estava com problemas financeiros e esperando aguardar o Itamaraty ter a verba para ser repassada para o Consulado do Brasil em São Francisco.
Orifício
Resta agora saber se nossos representantes não deixaram nenhum “rabo preso” nas terras do Tio San na segunda visita de nossa presidente, quando, dentre outros assuntos, tratou com o presidente Barack Obama a questão pasta de dente que sai do dentifrício, uma vez que em sua visita a San Petersburgo, na Rússia, confundiu dentifrício com tubo.
As pérolas de Dilma
“O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável, e isso significa que é uma ameaça pro futuro do nosso planeta, e do nosso país.” OK, presidenta, vamos acabar com esse meio ambiente!
Pérolas II
Quando questionada sobre a possibilidade ou necessidade de se criar mais um Ministério, Dilma foi enfática em dizer que a “única área que eu acho que vai exigir muita atenção nossa, e aí eu já ‘anventei’ a hipótese de até criar um Ministério, é na área de…Na área de…eu diria assim, como uma espécie de analogia com o que acontece na área agrícola”.
Pérolas III
Ao ser indagada sobre as obras de saneamento que foram concluídas no Governo Lula, ela soltou “Aí você fala o seguinte: Mas vocês acabaram isso? Vou te falar: – Não, está em andamento. Tem obras que ‘vai’ durar pra depois de 2010. Agora, por isso, nós já não desenhamos, não começamos a fazer projeto do que ‘podêmo fazê?’ 11, 12, 13, 14…Por que é que não?”
Pérolas IV
“…ora, se a gente faz ‘essas’ ajustes e correções para garantir que tenha mais oportunidade para os brasileiros e as brasileiras, porque nós iríamos acabar (daí ela tosse)…..gente, gente, eu engasguei comigo mesma”.
Que língua é essa?
Se o impeachment da presidente dependesse de suas falas, de suas linhas de raciocínio, ou melhor, falta de raciocínio, e da inexistência de firmeza em suas “afirmações”, e se o povo brasileiro, no geral, não se contentasse com as bolsas sei lá do quê, é bem provável que estaríamos numa situação ainda pior.
Cadê a água?
O Governo paulista acaba de reconhecer o que era público e notório, ou seja, a grave questão da crise de água – a que os tucanos chamaram a sua maneira de “criticidade hídrica”. O fato é que onde falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão. O “O onde falta pão e ninguém tem razão” agora já significa, hodiernamente, “onde falta água (líquido precioso) ninguém tem razão”, ou seja, o alimento sólido (pão) será substituído pelo líquido precioso.
Dias futuros
Modernamente, iremos substituir o sólido alimento pelo líquido precioso, ou para usar a expressão do advogado Gilberto Antonio Luiz, “Hoje em dia os valores estão se atualizando: os bens preciosos são a vida, a liberdade, o tempo e a água”.
Daí que quero ver…
Talvez chegue a época em que tempo e água terão mais valor do que outros bens da vida. Mesmo vendo toda essa falta d’água pelo País afora, e principalmente no Estado de São Paulo, situação que até então inexistia, achamos que a nossa água não vai acabar, que o Saae vai cuidar dela, e que, assim, não precisamos, de forma alguma, economizar.