Tópicos da Semana – Edição de 26/09/15.

Publicado em 28/09/2015 08:09

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson (Tatto)

Charge 26-09Na escola do crime
Alberto Youssef – lavagem de dinheiro – “Presente!”; Augusto Ribeiro de Mendonça Neto – corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa – “Presente!”; Adir Assad – lavagem de dinheiro e associação criminosa –“Presente!”; Dario Teixeira Alves Junior – lavagem de dinheiro e associação criminosa – “Presente!”; Sônia Branco – lavagem de dinheiro e associação criminosa – “Presente!”; Pedro Barusco – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa – “Presente!”; Mário Góes – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa – “Presente!”; Julio Camargo – corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa – “Presente!”.

Lamaçal
O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi condenado na segunda-feira, 21, por corrupção passiva, a 15 anos e 4 meses de prisão. Na mesma sentença, o homem indicado pelo partido para a diretoria na Petrobras, Renato Duque, foi também condenado a 20 anos e oito meses de prisão, por corrupção passiva, além de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Rebosteio
A pena aplicada a Duque, homem indicado pelo PT para o cargo, é a maior já imposta pela Operação Lava-Jato, que investiga a corrupção na Petrobras. Duque e Vaccari eram réus primários. A acusação é de que Duque recebeu propina de R$ 36 milhões, e Vaccari é acusado de ter intermediado o recebimento de R$ 4,2 milhões pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em acerto com a diretoria de Serviços da Petrobras. A propina seria referente ao Gasoduto Pilar/Ipojuca. O doleiro Adir Assad é outro condenado no processo.

Os números
De acordo com o Jornal Zero Hora, R$ 2,1 bilhões teriam sido desviados da Petrobras; R$ 450 milhões foram recuperados; R$ 200 milhões em bens estão bloqueados; 150 pessoas e 232 empresas são investigadas; 12 suspeitos assinaram acordos de delação premiada; 16 pessoas estão presas; e 19 pessoas são réus.

Recorde
Pela primeira vez na história, o dólar comercial fechou o dia terça-feira, 22, a R$ 4,054 na venda, tendo a moeda norte-americana uma alta de 1,83%. Na quarta, 23, seu fechamento ficou em R$ 4,14. Anteontem, 24, a cotação atingiu R$ 4,24, mas despencou 5,89% após o Banco Central sugerir venda de reservas. Até o fechamento desta edição, a moeda estava valendo R$ 3,99

Ganhos de lá
Nos Estados Unidos a remuneração dos trabalhadores é feita por hora de trabalho, fator este que faz com que um trabalhador sempre ao final de cada semana acabe recebendo uma boa quantia de dinheiro pela semana trabalhada, bem diferente das práticas aqui no Brasil, onde os salários são pagos mensalmente.

Yes, we earn!
Em uma recente pesquisa feita no Brasil e nos Estados Unidos, o salário médio mensal de um profissional norte-americano é 3,78 vezes maior do que a remuneração média recebida pelos brasileiros, ou seja, R$ 3.420,09, já que o salário mínimo pago no Estado de São Paulo é de R$ 905,00.

Salários?
Na terra do Tio Sam, o trabalhador tem um ganho médio de US$ 23,73 por hora trabalhada, sendo que a média de horas trabalhadas semanalmente por lá é de cerca de 34,5 horas, o que aqui no Brasil gira em torno de no mínimo 40 horas semanais, ou seja, se formos fazer comparações mensais, nos Estados Unidos mensalmente um trabalhador ganha um salário médio de US$ 3.274,74, o que, feita a conversão das moedas, daria algo em torno de R$ 13.236,17 por mês, enquanto aqui no Brasil o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística constata que o salário médio de um trabalhador é de R$ 1.768,20 no setor que melhor paga no país, ou seja, o industrial.

Cesta básica
A cesta básica em São Paulo custa cerca de R$ 360,00. Nos Estados Unidos, onde o salário mínimo gira em torno de US$ 1.280,00 os mesmos produtos (nas mesmas quantidades) não chegam a 10% desse valor, em torno de R$ 36,00, ou seja, US$ 8,91.

Quanta graça!!!
Enquanto os americanos desembolsam 13 salários para comprar um Ford Focus, os brasileiros pagam 90 salários pelo mesmo veículo. E a carteira de motorista, que nos EUA sai por cerca de US$ 40, no Brasil não custa menos de R$ 1.200,00.

Lei de Gérson
De mamando a caducando, nunca dantes tivemos uma crise tão intensa e com a corrupção arreganhada diante de nossos olhos, e parece que nós, brasileiros, assistimos a tudo isso como que se não quiséssemos ver a realidade nua e crua, porém tudo indica que a Lei de Gérson, ou seja, na cultura midiática brasileira, aquela que significa a Lei da Vantagem, cujo princípio consiste em que determinada pessoa ou empresa deve obter proveito de forma indiscriminada, sem se importar com questões éticas ou morais, aquela de sempre levarmos vantagem em tudo, do “rouba, mas faz”, “deixemos pra lá, pois sempre foi assim”, parece estar fincada na pele do povo brasileiro.

A coisa tá feia
Quem acreditou que a situação do País já tinha atingido o nível máximo de decadência, está literalmente enganado. Após a reeleição de Dilma, o brasileiro viu, assustado, que a inflação disparou e que o desemprego só tem aumentado.

Despejados
Se a situação está ruim para as elites, a antiga classe média e a nova classe C, imaginemos então para as pessoas carentes, que sobrevivem basicamente dos programas sociais? Após anunciar cortes no programa Minha Casa Minha Vida, o Governo Dilma agora está tomando de volta os imóveis de mutuários inadimplentes, justamente aqueles cuja renda familiar é de até R$ 1.600,00, exatamente o povo que a reelegeu.

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