VEJA DICAS PARA NÃO SE ATOLAR EM DÍVIDAS EM 2023
 O ano está acabando e logo depois do Réveillon já começam a surgir as principais contas do ano. IPVA, IPTU, material escolar, férias, mensalidades, tudo de uma vez só. Por isso, para especialistas financeiros é importante fazer um planejamento para não se apertar neste momento.
O ano está acabando e logo depois do Réveillon já começam a surgir as principais contas do ano. IPVA, IPTU, material escolar, férias, mensalidades, tudo de uma vez só. Por isso, para especialistas financeiros é importante fazer um planejamento para não se apertar neste momento.
Você pode até já estar desesperado porque nem começou a pagar o presente de Natal, mas já que todo ano estas contas chegam, estar preparado é a melhor opção. A consultora financeira Fabiana Domingos de Lima afirma que o ideal é começar a pensar nestas contas com antecedência. Porém, se esta não é a realidade, coloque tudo na ponta do lápis.

“Coloque todas as contas no papel, tanto as do início de ano, como as regulares. Assim é possível ver com clareza o valor total de gastos e o que dá para fazer com o orçamento. IPTU e IPVA são mais caros e, se a pessoa já tiver dívidas, não é vantajoso pagar à vista com desconto”, afirma.

Se a pessoa tiver dívida no cartão de crédito, por exemplo, será mais interessante pagar este débito do que o IPVA à vista. “É claro que se durante o ano você fez um fundo de reserva, compensa pagar à vista, com desconto. Ainda mais o IPTU que tem uma dedução mais vantajosa”, diz.

A consultora diz que destes dois impostos não há como fugir, no valor e no número de parcelas. Entretanto, ela afirma que com o material escolar é possível fazer uma economia boa. Mas para isso é importante pesquisar. “Algumas coisas são básicas, então é possível ir pesquisando e comprando durante o ano. Porém, o interessante é que dá para fracionar a compra em vários lugares, épocas e parcelar sem juros para economizar bem”, diz.
A analista de marketing digital Tâmara Costa tem todas estas contas no começo de ano para pagar, mas considera os gastos com a escola do filho Thomás o mais puxado. Para aliviar no orçamento, ela adotou uma tática. “Além do material do colégio, como os livros, tem ainda a papelaria e a mensalidade. Esse acaba sendo o custo mais alto. O que costumo fazer é não comprar a papelaria logo em janeiro, mas em fevereiro, quando tem itens em promoção”, afirma.
Em relação aos impostos, Tâmara explica que prefere parcelar todos porque acredita que os descontos não compensam. “Acredito que seja melhor pagar mensalmente, um valor menor que cabe dentro do orçamento”, diz.
Aliás, esta é outra dica da consultora financeira. Para Fabiana, é válido segurar parte do 13º salário caso não tenha fundo de reserva para pagar as contas e não afetar o orçamento básico. “Muita gente recebe o 13º e já gasta antes de terminar o ano. Mas sabemos que até março é uma época complicada com estes impostos, então vale a pena segurar”, diz.
Tâmara diz que ela e o marido fazem um fundo de reserva, mas que buscam não utilizá-lo para pagar estas contas de início de ano. “Inserimos estas despesas parceladas dentro do orçamento e buscamos enxugar em outra coisa, como sair menos, diminuir gastos supérfluos”, afirma.
Pagar à vista e ter reserva
Com tantas contas no começo do ano, sem considerar viagens e férias, é possível se perder nos gastos. Para o economista Ary Ramos da Silva Filho, o ideal é que a pessoa pague as contas sempre à vista. “O melhor é sempre à vista, ainda mais hoje com a taxa de juros tão alta. Mesmo com o desconto pequeno, o melhor pagamento é à vista. Porém, tem de tomar cuidado para não se descapitalizar. Então, aí você parcela, se planeja e não tem problemas de inadimplência com outras contas”, afirma.
Silva Filho diz que esta é a importância de se fazer um planejamento financeiro e, assim, começar 2023 com alguma reserva. “Caso a pessoa não tenha uma reserva, é fundamental refletir sobre os seus rendimentos, sua receita, suas despesas mais importantes. A dica sempre é anotar em um caderno e colocar a reserva como uma conta a pagar”, afirma.
Tâmara explica que há mais de dois anos, com o nascimento filho Thomaz, faz um planejamento financeiro com o marido para criar um fundo de reserva. “Geralmente fazemos uma meta do quanto queremos guardar, anualmente. Fazemos isso porque os gastos dos meses podem variar, mas no fim do ano devemos sempre atingir o objetivo”, diz.
Renda extra
A consultora financeira Fabiana Domingos de Lima diz que, além de usar o 13º salário com sabedoria para pagar estas contas, uma alternativa é buscar uma renda extra. Ela afirma que no fim de ano existem várias possibilidades de trabalhos temporários.
“É possível trabalhar em eventos comerciais, pegar algo para vender, como roupas ou alimentos. Assim, é possível rentabilizar um hobby ou encontrar oportunidades para não mexer no dinheiro já fixado do mês”, afirma.
Mas para quem não tem tempo ou aptidão para fazer algo e faturar, Fabiana passa a receita para não se apertar, porém não para este ano. “O planejamento é a chave do negócio, ter organização, disciplina e constância para guardar dinheiro. Assim, em 2024, essas contas não serão tão pesadas assim”, diz.
A Tâmara e o marido, Willian, também buscam uma renda extra além do trabalho fixo. Ela é analisar de marketing digital, enquanto o marido é professor de música. Juntos, eles têm uma loja virtual de quadros e outros artigos religiosos. Além disso, no fim de ano o marido toca em eventos corporativos. “O site e as apresentações dele em confraternizações ajudam a complementar a renda, ainda mais para o começo do ano com as contas que chegarão”. (ML). Diário da Região.
 
				 
				
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
 
 
  
  
  
  
  
  
  
  
 